segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Outono

O Outono chegou em força.
Não sei se será uma premonição, mas o tempo está como o país.
Os sintomas de bipolaridade são evidentes - após anos de um êxtase sem razão, onde o país vivia como se não houvesse amanhã, em evidente euforia induzida pelos gurus do consumo e patrocinada pela banca nacional, caímos num estado depressivo, como se não houvesse amanhã (outra vez) induzido pela ressaca e , brilhantemente patrocinados outra vez pela banca nacional.
Tirando o patrocinio e o facto de num caso e no outro, por motivos bem diferentes, acharmos que não haverá amanhã, passámos do 8 para o 80.
Nunca tantos economistas e protoeconomistas e pseudoeconomistas falaram nos diversos meios de comunicação social. Nunca se ouviu falar tanto economês, e eu estou espantadissimo com a inteligencia escondida que este país possui.
Alguns que comentam, são os mesmos que calados durante a o período de euforia, gastavam à tripa forra patrocinados possivelmente por um banco qualquer.
Outros, são mesmo aqueles que têm responsabilidade directa do que se tem passado, mas aparecem travestidos e prontos para passar a borrasca sem se molharem.
E assim vamos passando o Outono.
Mas hoje esteve sol. E isso ninguém nos consegue tirar. Isso e uma história cheia de mediocres, mas também com muitos e muitos portugueses com valor suficiente para ao longo de quase 9 séculos terem elevado alto o nome deste país. E iremos conseguir novamente dar a volta. Desta vez sem patrocínios, porque como diz um economista, não há almoços grátis.

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