terça-feira, 31 de julho de 2012

Memórias do meu regresso



Sinceramente não sei como começar a descrever o meu regresso, tinha passado um ano e nove meses desde que salí de Lisboa, desde que lá cheguei, há dez anos, nunca tinha tinha estado tanto tempo fora. Fiz entrada no aeroporto de Miami quatro horas antes da saída do meu voo, cheguei cedo para ter a certeza que estava lá quando abrissem o check-in. O tempo de espera não me molestava, das portas do aeroporto para dentro eu já estava a viajar!

 Esperava encontrar a cidade um tanto rara, pensé que talvez iria sentir-me estranha, como me aconteceu quando regressei a Cuba pela primeira vez.  Mas assim que saí do avião, o ar que respirava era de felicidade, de domínio total da situação, aquela sensação de regresso a casa. A minha primeira alegria; os meus amigos alí esperande-me, estavan desbordando de emoção, cheios de coisas que contar e de perguntas que fazer, as lágrimas que surgiram no calor dos abraços foram apenas uma necesidade de libertar sentimentos reprimidos e que agora eram livres de mostrarem-se, foram os primeiros minutos com sabor a regresso. Até o clima foi cómplice da minha felicidade, estava um dia lindo de verano quando cheguei a Lisboa e assim ficou o tempo todo. Tudo esteve perfeito desde o primeiro minuto, foi demasiado bom.

Os meus colegas da faculdade. Parecia-me um sonho que estivéssemos essa mesma noite alí sentados a jantar e a falar das nossas vidas como se esse ano e nove meses nunca houvesse transcorrido. Sabia que iriam ser umas boas férias, que seria um tempo de reencontros carregado de nostalgias e de sensaçoes fortes, mas a realidade era mais prazenteira e emotiva que qualquer previsão feita pelo meu subconsciente enquanto sonhava com esse viagem. Os ex-colegas de trabalho, outra surpresa agradável, outra noite bem passada daquelas que nunca vou esquecer.

Também houve lugar a reencontros amorosos, um reencontro carregado de surpresas, todas boas.

A verdade que é neste ponto no qual eu acredito que uma das grandes ilusões deste mundo é a “ilusão da separação”. Acredito que foi uma ilusão minha, no sentido do que se nos afigura ser e que não é, o ter sentido que tinha-me separado destas pessoas…

Foram TODOS muito especiais eu já sabia que o eram, não tive o tempo que pensei que teria para estar mais de perto com alguns deles, nas minhas contas teria esse tempo, mas acabei por não o encontrar no meio de tantos previstos e imprevistos. Prometo que para a próxima vez isso fica bem calculado. Os que por um ou outro motivo não deu para visitar, as minhas deculpas, fiquei com muita pena de não poder-me quedar por mais tempo, mais duas semanas teria sido perfeito!

Seria inútil ficar aqui a tentar encontrar palavras para descrever mais profundamente o que significou para mim este reencontro. Se eu dizer que nunca vou esquecer-lhos e que a saudade é aqui a minha habitual companheira vocês terão uma ideia  da parte de mim que deixei ao sair de Lisboa, antes e agora também.

Mas agora já chega de chorar, tinha deixado este post para quando as minhas emoções estivessem mais calmas para evitar torna-lho un retrato melancólico, quando en realidade foram as melhores férias da minha vida!!

Aqui vos deixo com algumas fotos. Beijos a todos e Obrigada.





 

2 comentários:

  1. Foi mesmo isso.
    Recomeçar as conversas onde se tinham interrompido.
    Foi muito bom teres vindo.
    É muito bom ler este post.
    See you...

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    1. Bom dia! Obrigada meu caro amigo, agora a bola está do seu lado, que tal foram essas férias? Um beijo

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