quarta-feira, 11 de julho de 2012

Convicção e Certeza



Eu solia ser muito “realista” era capaz de calcular as consequências das minhas acções e vocês acreditam que era muito raro que me enganasse na previção do resultado final! Mesmo que este não dependesse apenas de mim. Eu já sabia que isto ou aquilo ia a acontecer se eu fizesse esta ou aquela acção, eu já previa o meu futuro e tomava decisãoes importantes na minha vida baseada numa realidade que ainda não existia mas que para mim era um facto que iria ser assim.
Não existem dúvidas que o desfeito final era quase sempre aquele por mim prognosticado , de facto não podia ter sido outro, porque eu não o tinha considerado sequer possível. As minhas energias e as minhas acções estavam em “piloto automático” não existía margem para a surpresa; não tinha erro, dois mais dois eram quatro… como fui ingénua.
Não posso sequer distinguir neste momento as coisas que aconteceram na minha vida por resultado natural de encontro de situações daquelas que aconteceram porque eu as condicionei à partida a um resultado por veces até indesejado, baseada nas minhas convicções. Na verdade esse não é o objectivo da minha reflecção neste momento, apenas fica-me aquela constatação que a experiência e a juventude não vão de mãos dadas na vida.
Solo por curiosidade, aqui deixo o significado das palavras mágicas da minha reflexão de hoje:
convicção s. f.: Certeza de um facto.fato de que apenas temos provas morais.
Certeza : Adesão absoluta e voluntária do espírito a um facto.fato, a uma opinião.

 As nossas convicções regem a nossa vida sem que demos conta disso, e elas têm origens muito duvidosas para dar-les um papel tão importante como esse (a cultura, o exemplo dos nossos pais, a religião, o politicamente correcto, etc).  Deixar-se surprender pela vida é também reaprender a ser ingenuo, é ser modesto ao ponto de reconhecer que não temos o poder de dominar o futuro, mesmo que até pareça possível, o mais que podere-mos conseguir é limitar o nosso universo a essas mesmas convicções.
   “ se as convicções que temos sobre nós mesmos são inadequadas (eu não posso, eu não gosto, eu não sei…) não importa o esforço, a disciplina e outras virtudes, os nossos resultados nunca irão além dessas convicções”.

Não é fácil saber viver, mas é um desafio fantástico.  A partir de agora as minhas convicções têm “espaço de manobra limitado” quero estar segura que deixo um universo de possibilidades e desfechos rondar cada uma das minhas acções J
Nota:As minhas desculpas pelos inevitáveis erros ortográficos, não tenho corrector no meu PC, sintam-se livres para rir dos mesmos, life is good J  vou dormir que já é tarde...

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