sábado, 25 de junho de 2011

Postal a sul

Hoje está sol, muito calor e as pessoas esboçam sorrisos.
Se o indice de felicidade se puder medir (dizem-me que sim), fico confundido entre o que vejo e com o que prevejo.
Os portugueses nunca foram ostensivamente alegres como outros povos latinos, como se carregassem aos ombros algumas das penas de todo o mundo.
O nosso nivel de auto-confiança é também normalmente muito baixo, só se elevando em situações de grande euforia colectiva (estou a lembrar-me nos ultimos tempos da EXPO 98 e do Europeu de futebol que decorreu em 2004).
Agora que os cultores do pessimismo estão na mó de cima (veja-se a entrevista a Vasco Pulido Valente no Expresso de hoje) até os que como eu são pouco dados a euforias necessitam de pensar que amanhã também vai estar sol, que as pessoas continuarão a esboçar sorrisos, que os designios do País se irão cumprir.
Necessitamos de sentir que vamos conseguir todos juntos, sem euforias mas com a confiança que advém de sermos uma velha nação da Europa, que já teve muitos altos e baixos, mas que nas piores alturas sempre se superou. E isso nenhum pessimista renitente nos pode tirar.
Como diria fernando Pessoa
«Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal! »

João Paulo Dinis

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